Histórico SINDMESTRES

Histórico MCB e CTR

Sindicato Nacional dos Mestres de Cabotagem e Contramestres em Transportes Marítimos, fundado em 14 de julho de 1951, reconhecido em 25 de março de 1953. Até 1951, associação, sediada no Rio de Janeiro, na Rua Santos Lima, 21-São Cristóvão. Em 1953, Sindicato Nacional dos Mestres de Pequena Cabotagem e dos Contramestres em Transportes Marítimos com sede na Avenida Venezuela, 27 – Saúde, onde se encontra até os dias atuais.

Contramestre

Desde o tempo do barco a vela, encarregado do convés, velame.

Ligado diretamente ao Imediato da embarcação, o Contramestre, no navio, é, até hoje, o responsável pela faina de atracação, desatracação, manutenção da pintura e conservação da embarcação, operações de carga e descarga de materiais de custeio, manutenção de maquinário, rancho, por toda a equipe de convés, sob os aspectos da rotina de bordo, disciplina, sendo intermediário do grupo com o imediato da embarcação.

Mestre de Cabotagem

Foi a categoria de Mestre de Cabotagem e de Contramestres, a exemplo do Skiper no exterior, quem desbravou e auxiliou ao desenvolvimento da Navegação de Alto Mar, hoje de Apoio Marítimo, exercendo o Comando e a Imediatice de todas as embarcações nacionais empregadas no apoio a plataformas de exploração de petróleo e na segurança e amarração de navios tanques e de alívio ao longo da costa brasileira. Foi também o Mestre de Cabotagem a categoria que supriu a Cabotagem quando escassos eram os Oficiais de Náutica que se interessavam por esta área.

Desde 1966 vem o Mestre de Cabotagem colaborando na prospecção do petróleo no mar, data em que se inicia o grande investimento nos estudos de sísmica do litoral brasileiro tendo-se já em 1968 a confirmação do óleo na hoje Bacia de Campos. Trabalhava-se então com embarcações improvisadas ou com rebocadores portuários e oceânicos em regimes que se sobrepunham aos das embarcações estrangeiras, então 6 meses por 1 de folga. Foi ainda o Mestre de cabotagem quem possibilitou a transferência de conhecimento das operações offshore, a partir de que foram eles os contratados pelas empresas estrangeiras, por conhecerem as águas nacionais, para fazerem parte das tripulações.

Já em 1973 em função de sua grande experiência com manobras de embarcações e conhecimento adquirido nas operações offshore, foi a categoria dos Mestres de Cabotagem quem assumiu o comando das 13 embarcações de apoio marítimo, então chamada de alto mar vez que outras categorias, a época, consideravam o serviço por demais arriscado e penoso.

Em 1981 já se tinha mais de quarenta embarcações que foram adquiridas com o perfil necessário à atividade offshore e estas em sua totalidade possuíam com comando o MCB.

Com o decorrer da história recente de retração da nossa indústria naval e consequentemente pela falta de navios, foi obrigado o MCB a ceder o espaço conquistado, desde a criação da categoria, para outras categorias superiores que antes eram voltadas, em sua maioria, principalmente para a Navegação de Longo Curso e de Grande Cabotagem, face à necessidade de expansão na colocação para aqueles que cursavam a escola de Formação de Oficiais, ainda que de muito neste espaço já estivesse inserido e provado sua capacidade.

Entendendo a necessidade existente, foi esta mesma categoria de Mestres de Cabotagem que se dispôs a efetuar o treinamento dos Oficiais, nas lides específicas da atividade de Apoio Marítimo, sobremaneira no que se refere à manobra de embarcações e de manuseio de âncoras. Contentou-se o MCB, em consenso com a Diretoria de Portos e Costas, com o novo campo de atuação a ele designado (para o exercício das funções de Comandante na Navegação Interior e de Porto sem restrições de Cabotagem e Apoio Marítimo até 500 AB’s – alterado os cálculos de arqueação das embarcações aos mesmos não acompanhou o MCB – de Imediato em Navegação de Apoio Marítimo até 1600 AB’s, podendo ainda despachar como 3º Oficial na Cabotagem e Supervisor de Salvatagem em plataformas), depois de um período onde era facultativo o Mestre de Cabotagem ou o Oficial de Náutica e de Imediato em embarcações de qualquer AB para que se realizasse o treinamento e possibilitasse a transição.

Ainda no Apoio Marítimo se verifica a necessidade do Mestre de Cabotagem e de sua prática, pois é ali raro colisões com plataformas, estando o MCB/CTR no Comando ou manobra. Sua aplicação neste campo se deu ao domínio da manobra de pequenas embarcações obtida com sua formação MNC/ARR/CTR/MCB sem contar a experiência daqueles oriundos das atividades da M.B., da Pesca e Fluvial.